Comunicação e hard sciences: possibilidades epistêmicas para o quantitativismo em ciências da comunicação
DOI:
https://doi.org/10.53660/CLM-629-692Palavras-chave:
Epistemologia, Big Data, ComunicaçãoResumo
No presente artigo buscaremos dimensionar as decorrências epistemológicas, metodológicas e práticas do uso instrumental de metadados gerados por tecnologias digitais, em especial por Smartphones, na pesquisa científica em Ciências da Comunicação. A proposta toma como referência histórica a transformação ocorrida nas Ciências Econômicas a partir do século XIX, época em que o Marginalismo surge, utilizando-se da moeda como instrumento de medição que transforma a economia em uma ciência aplicada. De forma análoga, os metadados coletados por serviços de informação digital registram intenções, sentimentos e demandas sociais que podem ser utilizadas nas Ciências Sociais para a construção de novos modelos teóricos, com o potencial de deslocar a posição e o status atuais do campo. Mais do que uma simples aplicação de técnica, tal proposta implica em profundas transformações na maneira como a pesquisa é realizada hoje em dia, e pode levar a perigosas distorções se não for usada adequadamente.
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