O Amazonas na obra de Thiago de Mello na perspectiva do ecocriticismo
DOI:
https://doi.org/10.53660/CLM-589-661Palavras-chave:
Amazônia; Cultura; Interdisciplinaridade; TerritórioResumo
A partir da década de 1960 se modifica a percepção da sociedade ao verificar as formas negativas que estavam ocorrendo na relação homem-natureza. Um novo paradigma ambiental aparece cada vez mais exigente para (re) significar as relações sociais e ecológicas. No campo da literatura, esse novo paradigma aparece por meio do “ecocriticismo” com obras voltadas a valorização do meio ambiente, não apenas como inspiração para o poeta ou escritor, mas como forma de comunicar ao mundo a emergência das questões ambientais. Neste sentido, a presente proposta busca investigar por meio da obra Amazonas: águas, pássaros, seres e milagres, o binômio natureza versus cultura representado na obra de Thiago de Mello no viés da abordagem da ecocrítica. Partiremos de um olhar analítico nos fatores topofilia, topofobia, cultura, história e relação com a floresta, uma vez que na obra aparecem os seres míticos, as lendas e histórias que ligam o homem com seu lugar. Para tanto, a pesquisa bibliográfica multirreferencial contribuiu para ajustar as conexões, apresentando um resultado de análise interdisciplinar na obra, aflorando discussões sobre os saberes empíricos, onde observou-se que os costumes da tradição oral são pouco valorizados nas escolas.
Downloads
Referências
ANTUNES, Irandé. Gramática Contextualizada: limpando o pó das ideias simples. 1 ed. São Paulo: Parábola Editorial, 2014.
BEALER, Adele H. Reading Out Loud: Performing Ecocriticism as a Practice of the Wild. In: Interdiscip. Stud Lit. Environ. Vol. 19, n. 1, p. 5-23, Winter 2012. Disponível em: http://isle.oxfordjournals.org/content/19/1/5.full.pdf+html. Acessado em 27 de abril de 2014.
BRASIL, Secretaria da Educação Média e Tecnológica. PCNEM: Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Brasília: MEC, 2002.
CAPRA, F. Educação. In: TRIGUEIRO, A. (Coord). Meio ambiente no século 21: 21 especialistas falam da questão ambiental nas suas áreas de conhecimento. 5 ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2008. p. 19-33.
COUTO, Hildo. Ecolinguística: estudo das relações entre língua e meio ambiente. Brasília/DF: 2007.
DAVI, M. A; REZENDE, N. L. de; JOVER-FALEIROS, Rita (orgs.). Leitura de Literatura na escola. São Paulo, SP: Parábola, 2013.
GARRARD, Greg. Ecocrítica. Brasília: Editora da Universidade de Brasília: 2006.
GLOTFELTY, Cheryll. What's next for Ecocriticism. In: ASLE News, Spring 1999, pp. 6-7. Disponível em: . Acessado em: 05/02/2009.
MAGALHÃES, Hilda Gomes Dutra; PINTO, Francisco Neto. Contribuição da ecocrítica ao ensino de literatura. In Litterata – Revista do Centro de Estudos Portugueses Hélio Simões, vol. 3, n. 1, pp. 36-49, 2015.
MELLO, Thiago de. Amazonas – águas, pássaros, seres e milagres. Bordados de Antônia Diniz, Ângela Marilu, Martha e Sávia Dumond sobre desenhos de Demóstenes. Rio de Janeiro: Salamandra, 1998.
MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 12 ed. São Paulo, SP: Cortez, 2007.
MORIN, Edgar . Introdução ao pensamento complexo. Trad. Eliane Lisboa. 4 ed. Porto Alegre: Sulina, 2011. SLOVIC, Scott. Ecocriticism: containing multitudes, practicing doutrine. In: ASLE News, Spring, 1999, p.5-6. Disponível em:. Acessado em: 05/02/2009.
REZENDE, Neide Luzia. O ensino de literatura e a leitura literária. In: DAVI, M. A; REZENDE, N. L. de; JOVER-FALEIROS, Rita (orgs.). Leitura de Literatura na escola. São Paulo, SP: Parábola, 2013.
SOUZA, José Camilo Ramos de. A geografia nas escolas das comunidades ribeirinhas de Parintins: entre o currículo, o cotidiano e os saberes tradicionais. São Paulo, 2013. Tese de doutorado em Geografia Física. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP.
SLOVIC, S. Ecocriticism: containing multitudes, practicing doutrine. In: ASLE News, Spring 1999, pp. 5-6. Disponível em:. Acessado em: 05/02/2009.
TUAN, Yi-Fu. Topofilia: um estudo da percepção, atitudes e valores do meio ambiente. São Paulo: Difel, 1980.