Planejamento e organização da prática pedagógica no Atendimento Educacional Especializado em Salas De Recursos Multifuncionais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.53660/CLM-147-163

Palavras-chave:

Planejamento Educacional Individualizado, Sala de Recursos Multifuncionais, Inclusão Escolar

Resumo

O Atendimento Educacional Especializado requer o planejamento de um ensino inclusivo, com qualidade curricular e metodológica. Todavia, há uma centralidade estabelecida às Salas de Recursos Multifuncionais quanto a oferta desse serviço, o que coloca em pauta fatores limitantes à prática pedagógica. Diante disso, problematizamos aspectos referentes a organização e o planejamento do trabalho desenvolvido nesses espaços a fim de dar a conhecer o atendimento que tem sido ofertado aos alunos da Educação Especial. Os dados foram obtidos de entrevistas coletivas realizadas com docentes de Sala de Recursos Multifuncionais. Constatamos que as professoras apresentam dificuldade em elaborar um planejamento, capaz de identificar as habilidades dos alunos público alvo da Educação Especial e, a partir disso, encontrar maneiras de subsidiar recursos técnicos e pedagógicos que favoreçam a escolarização dos mesmos. Um dos fatores que concorrem para isso decorre da falta de compreensão que possuem sobre sua ação pedagógica e da distância da relação com a sala comum. Além disso, destacam-se as condições de implementação dessas salas, que impedem um planejamento que preze pelas particularidades de aprendizagem.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Dulcéria Tartuci, Faculdade de Educação. Universidade Federal de Catalão-GO.

Pós-Doutoramento em Educação Especial pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Mestrado (2001) e Doutorado em Educação (2005) pela Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep). É docente na Universidade Federal de Catalão (UFCAT) e atuando na Faculdade de Educação, na Coordenação Institucional do Programa Residência Pedagógica e na Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEDUC). É líder do Núcleo de Pesquisa em Práticas Educativas e Inclusão (Neppein/CNPq) e atua na Linha de Pesquisa Práticas Educativas, Formação de Professores e Inclusão no PPGEDUC. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação Especial, Processos Inclusivos e Formação de Professores, atuando principalmente nos seguintes temas: educação especial, inclusão, deficiência, educação infantil, estágio e formação docente.

Referências

BAÚ, J. ; KUBO, O. M. Educação Especial e a capacitação do professor para o ensino. Curitiba: Juruá, 2009.

BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Nacionais para Educação Especial na Educação Básica.Secretaria de Educação Especial. Brasília: MEC/SEESP, 2001a.

______. Conselho Nacional de Educação. Parecer 17/2001, de 3 de julho de 2001. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Brasília: CNE, 2001b.

______. Resolução CNE/CP Nº 1, de 15 de maio de 2006. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia, licenciatura. Conselho Nacional de Educação Conselho Pleno, 2006. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rcp01_06.pdf>. Acesso em: Abril de 2013.

______. Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: MEC/SEESP, 2008a.

______. Decreto nº 6.571, de 17 de setembro de 2008. Presidência da República. Casa Civil. Ministério da Educação, 2008b. Disponível em . Acesso em: Março de 2012.

______. Resolução nº 4, de 02 de outubro de 2009. Institui Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial, 2009. Disponível em: . Acesso em: Novembro de 2010.

______. Nota Técnica SEESP/GAB/Nº 11/2010. Orientações para a institucionalização da Oferta do Atendimento Educacional Especializado – AEE em Salas de Recursos Multifuncionais, implantadas nas escolas regulares. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Brasília, 7 de maio de 2010.

______. Decreto nº 7.611, de 17 de novembro de 2011a. Dispõe sobre a educação especial, o atendimento educacional especializado e dá outras providências. Presidência da República. Casa Civil. Disponível em: <135 www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Decreto/D7611.htm>. Acesso em: Julho de 2012.

______. Nota Técnica nº 62, de 08 de dezembro de 2011. Orientações aos Sistemas de Ensino sobre o Decreto nº 7.611/2011. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial, 2011b. Disponível em:<http://www.portalinclusivo.ce.gov.br/index.php/noticias/745-orientacoes-aossistemas-de-ensino-sobre-o-decreto-no-76112011>. Acesso em: Julho de 2012.

FUSARI, J. C. O Planejamento educacional. Revista Ande, 8, São Paulo, 1984. p. 33-35.

GOIÁS. Diretrizes Operacionais da Rede Pública Estadual de Ensino de Goiás 2011/2012. Secretaria de Estado da Educação de Goiás, 2011.

JOENK, I. K. Uma Introdução ao Pensamento de Vygotsky. Linhas (UDESC), Florianópolis/SC, v. 3, n.1, p. 01-12, 2002.

MENDES, E. Observatório Nacional de Educação Especial: estudo em rede nacional sobre as salas de recursos multifuncionais nas escolas comuns. Projeto de Pesquisa – Observatório da Educação, Edital Nº 38/2010 CAPES/INEP. Brasília, 2010.

MILANESE, J. B. Organização e funcionamento das salas de recursos multifuncionais em um município paulista. 2012. Dissertação (Mestrado em Educação Especial) – Programa de Pós-Graduação em Educação Especial da Universidade Federal de São Carlos, São Paulo, 2012.

PENTEADO, V. S. Plano de Curso, Plano de Ensino ou Plano de Aula, que Planejamento é esse? Seminário Nacional Estado e Políticas Sociais no Brasil, Cascavel - PR, v. único, p. 37-37, 2003.

ROPOLI, E. A. et al. A Educação Especial da Perspectiva da Inclusão Escolar: a escola comum inclusiva. Brasília: MEC/SEESP; Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, 2010. Disponível em:<http://www.mec.gov.br/seesp>. Acesso em: 23 set. 2012.

ROSA, E. H. da; GALERA, J. B. A gestão do espaço físico escolar: um desafio social. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao. pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1699-8.pdf>. Acesso em: Janeiro de 2013.

SAVIANI, N. Currículo – um grande desafio para o professor. Revista de Educação. Nº 16. São Paulo, 2003 – pp. 35-38.

SILVA, A. M. da. Educação Especial e inclusão escolar: história e fundamentos. Curitiba: Ibpex, 2010 (Série Inclusão Escolar).

TANNÚS-VALADÃO, G. Planejamento Educacional Individualizado na Educação Especial: Propostas oficiais da Itália, Estados Unidos, França e Alemanha (Dissertação de Mestrado). São Carlos, PPGEES, UFSCar, 2010.

TARTUCI, D. Relatório Parcial de Pós-doutorado. São Carlos, Julho-2012.

UNESCO. Declaração de Salamanca. Brasília: CORDE, 1994. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf>. Acesso em: 20 nov. 2011.

VEIGA, I. P. A. Ensino e avaliação: uma relação intrínseca à organização do trabalho pedagógico. In: VEIGA, I. P. A. (org.). Didática: O ensino e suas relações. Campinas, SP: Papirus, 1996 (Coleção Magistério: Formação e trabalho pedagógico).

VIANNA, M. M.; PLETSCH, M. D.; MASCARO, C. A. A. de C. A escolarização de alunos com deficiência intelectual: um estudo sobre o plano de desenvolvimento psicoeducacional individualizado. In: VI Congresso Brasileiro Multidisciplinar de Educação Especial, 2011, Londrina / PR. Anais do VI CBMEE, 2011. p. 3150-3158.

Downloads

Publicado

2022-02-15

Como Citar

Cardoso, C., & Tartuci, D. (2022). Planejamento e organização da prática pedagógica no Atendimento Educacional Especializado em Salas De Recursos Multifuncionais. Concilium, 22(1), 349–364. https://doi.org/10.53660/CLM-147-163

Edição

Seção

Artigos