Povos originários, ecologia do Cerrado, ensino e cultura: contextualização e abordagem e reflexões com vistas à legislação atual
DOI:
https://doi.org/10.53660/CLM-128-147Palavras-chave:
Indígena, Bioma, Interculturalidade, Biologia, EducaçãoResumo
Neste trabalho são contextualizados a relação dos povos indígenas do cerrado com esse bioma, considerando sua manifestação cultural e sua relação com ambiente. Trata-se de reflexões sobre novas alternativas que possam contribuir para o ensino da ecologia com a inclusão do que é proposto na legislação. Essas indagações e informações se justificam como formas alternativas para a aplicação da Lei n° 11.645/2008, que torna obrigatório o estudo nas escolas da história e cultura afro-brasileira e indígenas, viabilizando a política pública de valorização destes povos. Nessa mesma perspectiva procuramos abordar questões contidas na BNCC voltadas para o ensino da ecologia e neste contexto do bioma cerrado. Como metodologia utilizamos da pesquisa bibliográfica e documental com reflexões sobre a relação dos povos originários com o ambiente, como foram alternativa de abordagem do ensino de ecologia assim como contemplar o conteúdo o componente indígena em consonância com a legislação vigente.
Downloads
Referências
ALMEIDA, M. S. B. Educação não formal, informal e formal do conhecimento científico nos diferentes espaços de ensino e aprendizagem. Os desafios da escola pública paranaense na perspectiva do professor PDE. Londrina: [SEEPR], 2014. (Cadernos PDE).
ARAÚJO, L. A. de. Sustentabilidade nas florestas nativas e o ensino de geografia. Periódico Multidisciplinar da Facility Express Soluções Acadêmicas, Rio de Janeiro, v. 2, n. 1, 2021, p. 89-106. https://doi.org/10.29327/232022.1.2-7
ARRUDA, R. Populações tradicionais e a proteção dos recursos naturais. Ambient. Soc. São Paulo, v. 5, Dez, p. 79-92, 1999. DOI: https://doi.org/10.1590/S1414-753X1999000200007.
BEZERRIL, M. O cerrado para educadores (as): sociedade, natureza e sustentabilidade. São Paulo: Haikai, 2021. (e-Book)
BICALHO, P. S. dos S.; OLIVEIRA, F. A. de S.; MACHADO, M. ‘Mas eles são índios de verdade?’: representações indígenas na sala de aula. Educ. Real., Porto Alegre, v. 43, n. 4, n. p., 2018. DOI: https://doi.org/10.1590/2175-623676388.
BRANDO, F. da R. Proposta didática para o ensino médio de Biologia: as relações ecológicas no cerrado. 2010, 217 f. Tese (Doutorado em Educação para a Ciência) - Faculdade de Ciências, Universidade Estadual Paulista, Bauru – SP, 2010.
BRASIL. Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da Educação Nacional. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htm. Acesso em: 25 jan. 2022.
BRASIL. Lei 11.645, de 10 de março de 2008. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11645.htm> Acesso em: 24 jan. 2022.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC/SEB, 2018. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 21 jun. 2021.
CAVALCANTE, J. et al. A fotografia como ferramenta no ensino de ecologia. SIMPÓSIO NACIONAL DE ENSINO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, 4, 2014. Anais do IV Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia, Ponta Grossa: UTFPR, 2014.
CHAVES, V. V. O cerrado e sua abordagem no cotidiano escolar. 2021. 64 f. Monografia (Graduação em Ciências Biológicas). Campus IV – Universidade do Estado da Bahia, Barreiras - BA, 2021.
DESCOLA, P. A selvageria culta. São Paulo: Artepensamento IMS, n.p. 1999. (Coleção A outra margem do ocidente). Disponível em: https://artepensamento.ims.com.br/item/a-selvageria-culta/?_sft_category=historia. Acesso em: 12 jan. 2022.
DIEGUES, A. C. S. Etnoconservação: novos rumos para a proteção da natureza nos trópicos. São Paulo: HICITEC/NUPAUB-USP, 2000.
EÇA, A. C.; COELHO, Lívia, L. A. Planejamento e construção do projeto político pedagógico: algumas considerações. Ensino em Perspectivas. Fortaleza, v. 2, n. 2, p. 1-14, 2021.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2007.
FURLANI, C.; OLIVEIRA, T. O ensino de ciências e biologia e as metodologias ativas: o que a BNCC apresenta nesse contexto? SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE LINGUAGENS EDUCATIVAS, 6, 2018, Bauru – SP. Anais do Simpósio Internacional de Linguagens Educativas. Bauru - SP: USC, 2018, n. 2, p. 862-866.
FURQUIM, L. et al. Relação entre as plantas nativas do cerrado e a água. Científic@ -Multidisciplinary Journal, Goianésia – GO, v. 5, n. 2, p.146-156, 2018. DOI: 10.29247/2358-260X.2018v5i2.p146-156
GAVAZZI, R. Relatório do curso de formação de professores indígenas do Acre. CPI Comissão pró índio do Acre. Rio Branco, 2001.
Haridasan M. 2008. Nutritional adaptations of native plants of the cerrado biome in acid soils. Brazilian Journal of Plant Physiology, Campos dos Goytacazes - RJ, v. 20, n. 3, p. 183-195, 2008.
IBRAM – Brasília Ambiental. Bioma Cerrado. Brasília: GDF, 2018. Disponível em: <http://www.ibram.df.gov.br/bioma-cerrado>. Acesso em: 21 maio 2020.
ICMBIO - Projeto Corredor Ecológico da Região do Jalapão. Brasília: ICMBIO, 2021. Disponível em: https://www.icmbio.gov.br/projetojalapao/pt/biodiversidade-3/fauna.html?showall=1. Acesso em: 12 dez 2021.
KUHLMANN, M.; RIBEIRO, J. F. Evolution of seed dispersal in the cerrado biome: ecological and phylogenetic considerations. Acta Bot. Bras., Brasília, v. 30, n. 2, p. 271-282, 2016. DOI: https://doi.org/10.1590/0102-33062015abb0331.
MACIEL, E. A.; GÜLLICH, R. I. C. da; LIMA, D. O. de. Ensino de Ecologia: concepções e estratégias de ensino. Vidya, Santa Maria, v. 38, n. 2, p. 21-36, 2018
MINSK, G. de L. Caracterização dos ecótonos entre os biomas brasileiros amazônia e cerrado. 2021, 68 f. Dissertação (Mestrado em Ecologia) Centro de Ciências Biológicas – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2021.
MINUZZI, V. F. et al, Densidade populacional de insetos-pragas na cultura da soja e do milho. SEMINÁRIO INTERINSTITUCIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO, 25, 2020. Anais Unicruz, Cruz Alta – RS, 2020.
MUSEU DO CERRADO. Povos indígenas do cerrado: resistência e sobrevivência. Brasília: Museu do Cerrado, 2021. Disponível em <https://museuCerrado.com.br/povos-indigenas/>. Acesso em 21 jan. 2022.
NIKULIN, A. Proto-Macro-Jê: um estudo reconstrutivo. 2020, 571 f. Tese (Doutorado em Linguística) Instituto de Letras - Universidade de Brasília, Brasília, 2020.
Oviedo, A. Demarcamção de terras indígenas é decisiva para conter o desmatamento e regular o clima. Brasíia: Insittuto Socioambiental, 2018. Disponível em: https://www.socioambiental.org/pt-br/blog/blog-do-monitoramento/a-demarcacao-das-terras-indigenas-e-decisiva-para-conter-o-desmatamento-e-manter-funcoes-climaticas-essenciais. Acesso em: 02 dez. 2021.
PEREIRA, B. E.; DIEGUES, A. C. Conhecimento de populações tradicionais como possibilidade de conservação da natureza: uma reflexão sobre a perspectiva da etnoconservação. Desenvolvimento e Meio Ambiente, Curitiva, v. 22, p. 37-50, 2010.
PETRAZZINI, P. B. Padrão de ocupação e atividade de tamanduá-bandeira em uma área de proteção no cerrado central. 2019, 83 f. Dissertação (Mestrado em Ecologia) – Instituto de Ciências Biológicas, Universidade de Brasília, Brasília, 2019.
RAMOS, O. D.; SILVA, D. C.; PASCARELLI, B. M. O. 2018. O papel da substituição do Cerrado por áreas de agropecuária e a extinção do lobo-guará. Semioses, Rio de Janeiro, v. 12, n. 2, p. 97–111. DOI: 10.15202/1981996x.2018v12n2p97
SILVA, L. et al. Experiências agrícolas e socioculturais dos Karajá, Avá-canoeiro e Tapuia - povos indígenas do cerrado goiano. Revista de Produção acadêmica Goiás GO, v. 6, n.1, p. 24-49, 2020.
SILVA, F. P. da. As unidades de conservação políticas públicas frente às altas taxas de desmatamento do cerrado: educativo-orientativo. 2021, 72 f. Dissertação (Mestrado em Conservação de Recursos Naturais do Cerrado) – Campus Urutaí, Instituto Federal de Ciência e Tecnologia Goiano. Uturaí - GO, 2021.
SILVA, T. V. da; LIMA, K. E. C. Etnoentomologia: percepção dos alunos do ensino fundamental sobre os insetos e suas importâncias. CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, 5, 2018. Anais Conedu, Recife, 2018, n. p.
SOUZA, M. L. do V. e; ANDRIGUETO, A. C.; SOUZA, R. C. P. F. de. Educando pelas trilhas do cerrado: um roteiro de ações para introduzir a educação ambiental em escolas e comunidades. Brasília: Rede de Sementes do Cerrado, 2015. Disponível em: https://museucerrado.com.br/educando-pelas-trilhas-do-cerrado-um-roteiro-de-acoes-para-introduzir-a-educacao-ambiental-em-escolas-e-comunidades/. Acesso em: 24 jan. 2022.
WELCH, J. R.; COIMBRA JÚNIOR, C. E. A. Indigenous fire ecologies, restoration, and territorial sovereignty in the Brazilian Cerrado: The case of two Xavante reserves. Land Use Policy, Rio de Janeiro, v. 104, 2021, p. 1-11. DOI: https://doi.org/10.1016/j.landusepol.2019.104055.
ZANIRATO, S. H. O patrimônio mundial em território brasileiro: vulnerabilidades à conservação em um cenário de mudanças climáticas. Percursos, Florianópolis, v.22, n. 49, maio/ago., p. 95-123, 2021. DOI: https://doi.org/10.5965/1984724622492021095
