Revisão integrativa: critérios para introdução da alimentação via oral em lactentes pós extubação
DOI:
https://doi.org/10.53660/CLM-508-585Palavras-chave:
Deglutição, Transtornos de deglutição, Intubação, Unidade de Terapia Intensiva, LactenteResumo
Lactentes que necessitam de intubação prolongada podem apresentar disfagia com risco de complicações ao quadro clínico. Não há consenso pediátrico ou protocolos validados para o melhor momento de reintroduzir a alimentação via oral. Tendo em vista a importância deste fator para o desfecho favorável destes pacientes, observou-se a necessidade de uma revisão integrativa em que poderá auxiliar as equipes nas decisões e condutas, oferecendo maior segurança e qualidade no cuidado. Este estudo tem como objetivo revisar na literatura quais são os critérios utilizados para reintrodução da alimentação via oral em lactentes após intubação traqueal. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, a estratégia de busca em bases de dados com uso de descritores na língua portuguesa, inglesa e espanhola, e combinação de operadores booleanos AND e OR. Na busca foram localizados setenta e um estudos e nas etapas de seleção aplicando critérios de inclusão e exclusão, resultaram em 11 artigos para análise. Os resultados desta pesquisa subsidiarão equipes nas unidades de terapia intensiva pediátricas nas tomadas de decisões para reintrodução da alimentação via oral em lactentes pós extubação com maior segurança.
Downloads
Referências
ALBUQUERQUE, C.; DAVID, C.M. Intubação orotraqueal: procedimento e
complicações. In: FURKIM, A.M.; RODRIGUES, K.A. Disfagias nas unidades de
terapia intensiva. São Paulo: ROCA; 2014. p. 79-86.
BOTELHO, L. L. R.; CUNHA, C. C. A.; MACEDO, M. O método da revisão
integrativa nos estudos organizacionais. Gestão e Sociedade. Belo Horizonte, v.5,
n.11, p.121-136 maio-ago, 2011.
BRODSKY, M.B., et al. Durantion of oral endotracheal intubation is associated
with dysphagia symptoms in acute lung injury patientes. J Crit Care. 2014, v. 29, p.
-79.
DA SILVA, P.S.L.; LOBRIGATE, N.L.; FONSECA, M.C.M. Postextubation
Dysphagia in Children: The Role of Speech-Language Pathologists. Pediatric
Critical Care Med. 2018, v. 19, p. 538-46.
DUARTE, S.T. Fatores de risco para disfagia em pacientes submetidos a cirurgia
cardíaca [dissertação]. Curitiba: Universidade Tuiuti do Paraná; 2010.
EDWARDS, S., et al. Interdisciplinary strategies for treating oral aversions in
children. J Parenter Enter Nutr. 2015, v.39, p. 899-909.
HOFFMEISTER, J.; ZABOREK, N.; THIBEAULT, S.L. Postextubation dysphagia in
pediatric populations: incidence, risk factors, and outcomes. J Pediatr. 2019, v. 211,
p. 126-33.
ISTA, E., et al. Construction of the Sophia Observation withdrawal Symptomsscale (SOS) for critically ill children. Intensive Care Med. 2009; v.35, p. 1075-81.
MACHT, M., et al. ICU-acquired swallowing disor-ders. Crit Care Med. 2013, v. 4,
p. 2396–405
MACHT, M., et al. Post-extubation dysphagia is associated with longer
hospitalization in survivors of critical illness with neurologic impairment. Crit
Care. 2013, v. 17, p. 119.
MACHT, M., et al. Post-extubation dysphagia is persistente and associated with
poor outcomes in survivors of critical illness. Crit Care. 2011, v.15, p. 231.
MALANDRAKI, G.A. et al. Postextubation dysphagia in critical patients: a first
report from the largest step-down intensive care unit in Greece Georgia. Am J
Speech Lang Pathol. 2016; v.25, p. 150-60.
MEDEIROS, G.C. et al. Clinical dysphagia risk predictors after prolonged
orotracheal intubation. Clinics. 2014; v. 69, p. 8-14.
MELO, A.M. et al. Perfil alimentar e desenvolvimento motor oral dos neonatos
nascidos com baixo peso. Rev CEFAC. 2016, v. 18, n. 1, p. 86-94.
MILLER, R.L.; GEBREMARIAM, A.; ODETOLA, F.O. Pediatric high-impact
conditions in the UnitedStates: retrospective analysis of hospitalizations and
associated resource use. BMC Peadiatr. 2012, v. 12, p. 1-9.
OLIVEIRA, A.C.; FRICHE, A.A.; SALOMÃO, M.S.; BOUGO, G.C.; VICENTE, L.C.
Predictive factors for oropharyngeal dysphagia after prolonged orotracheal
intubation. Braz J Otorhinolaryngol. 2018, v. 84, p.722–728.
POLLAK, M.M., et al. Eunice Kennedy Shriver National Institute of Child Health and
Human Development Collaborative Pediatric Critical Care Research Network:
Pediatric intensive care outcomes: Development of new morbidities during
pediatric critical care. Pediatr Crit Care Med 2014, v. 15, p. 821–827.
SASSI, F.C., et al. Dysphagia and associated clinical markers in neurologically
intact children with respiratory disease. Pediatr Pulmonol. 2018, v. 53, p. 517-525.
SILVA, P.S.; LOBRIGATE, N.; FONSECA, M.C. Dysphagia in Children: The Role
of Speech-Language Pathologists*.Pediatric Critical Care Medicine. 2018, v. 19, n.10,
p. e538–e546.
SKORETZ, S.A. et al. Dysphagia and associated risk factores following extubation
in cardiovascular surgical patients. Dysphagia. 2014, v. 29, n. 6, p. 647-654.
SOUZA, P.C et al. Achados da avaliação clínica da deglutição em lactentes
cardiopatas pós-cirúgicos. CoDAS. 2018, v. 30, n. 1, p. 1-8.
TABILE, P. M. et al. A importância do fluxograma para o trabalho da saúde da
família na visão do projeto Pet-saúde. Rev. Eletrônica Gestão & Saúde. 2015, v. 6, n.
, p. 680-90.
TUTOR, J.D.; GOSA, M. M. Dysphagia and aspiration in children. Pediatr
Pulmonol. 2011, v.47, p. 321-337.
URSI, E.S. Prevenção de lesões de pele no perioperatório: revisão integrativa da
literatura. [dissertação]. Ribeirão Preto: Universidade de São Paulo, Escola de
Enfermagem de Ribeirão Preto; 2005.
VETTER-LARACY, S., et al. Neonatal swallowing assessment using fiberoptic
endoscopic evaluation of swallowing (FEES). Pediatric Pulmonology. 2018, p. 1–6.
WERLE, R.W.; STEIDL, E.M.S.; MANCOPES, R. Fatores relacionados à disfagia
orofaríngea no pós-operatório de cirurgia cardíaca: revisão sistemática. CoDAS.
, v. 28, n. 5, p. 646- 652.
WORD HEALTH ORGANIZATION. Case management of acute respiratory
infections in developing countries: report of a working group meeting. Geneba:
WHO; 1985.