Obstetric violence and racism: analysis of scientific production from an intersectional perspective

Violência obstétrica e racismo: análise da produção científica na perspectiva interseccional

Autores

Palavras-chave:

Obstetric violence, Racism, Intersectionality

Resumo

This study aimed to investigate obstetric violence as a phenomenon arising from racism and its intersectionality, as factors suffered during the pregnancy and puerperal period in hospital institutions in several countries. To this end, systematic literature review research was used as a method, as well as the PRISMA protocol perspective was adopted for data collection. References were recruited from the databases, using the descriptors “obstetric violence” and “racism” or “intersectionality”. The search resulted in 1126 articles which, when applying the eligibility criteria, reached the volume of 3 (three) works. Based on the findings, two categories were constructed, “Intersectionality (race, gender and social class)” and “Obstetric violence”. As a result, there was a shortage in national and international journals dedicated to Health Sciences. Such absences or insufficiencies may indicate the non-consolidation of black women's health as thematic and research fields, related to the low degree of penetration in research institutions debates about racism, its impacts on health and ways of coping.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Paula Ferreira de Araujo Carvalho, Universidade Metodista de São Paulo (UMESP)

Doutoranda em Psicologia da Saúde pela UMESP. Graduada em Enfermagem pela UNIFAL. Professora da Faculdade Anhanguera de Poços de Caldas.

Isabella Soares de Souza, Universidade Metodista de São Paulo (UMESP)

Mestranda em Psicologia da Saúde na UMESP. Graduada em Psicologia pela Faculdade Pitágoras.

Carlos de Sousa Filho, Universidade de São Paulo (USP)

Doutorando em Psicologia Social na USP. Bolsista CAPES. Graduado em Psicologia pela PUC Minas. 

Andriele Franco Pereira, Faculdade Anhanguera

Mestra em Psicologia pela PUC Minas. Graduada em Psicologia pela Faculdade Pitágoras de Poços de Caldas. Coordenadora e docente do curso de Psicologia da Faculdade Pitágoras de Poços de Caldas.

Natália Sartore Laurito, Faculdade Anhanguera

Mestra e Graduada em Psicologia pela UNIB. Professora na Faculdade Anhanguera de São Paulo.

Michelle Costa Ramos Fonseca, Faculdade Anhanguera

Mestra em Psicologia da Saúde pela UMESP. Graduada em Psicologia pela Faculdade Pitágoras. Professora da Faculdade Anhanguera de Poços de Caldas.

Lígia Momesso, Universidade Católica de Santos (UNISANTOS)

Mestranda em Psicologia do Desenvolvimento e Políticas Públicas na Universidade Católica de Santos (UNISANTOS). Graduada em Psicologia pela Universidade Católica de Santos (UNISANTOS).

Cristianos de Jesus Andrade, Faculdade Anhanguera

Doutor em Psicologia da Saúde pela UMESP. Graduado em Psicologia pela UNIFAE. Professor pela Faculdade Anhanguera de Poços de Caldas.

Miria Benincasa, Universidade Católica de Santos (UNISANTOS)

Doutora em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento pela USP. Graduada em Psicologia pela UNIUB. Professora do Programa de Pós-Graduação em Psicologia, do Desenvolvimento e Políticas Públicas da Universidade Católica de Santos (UNISANTOS).

Referências

ASSIS, M. M. A.; JESUS, W. L. A. DE. Acesso aos serviços de saúde: abordagens, conceitos, políticas e modelo de análise. Ciência & Saúde Coletiva, v. 17, n. 11, p. 2865–2875, nov. 2012. https://doi.org/10.1590/S1413-81232012001100002

ASSIS, M. M. A.; VILLA, T. C. S.; NASCIMENTO, M. A. A. DO. Acesso aos serviços de saúde: uma possibilidade a ser construída na prática. Ciência & Saúde Coletiva, v. 8, n. 3, p. 815–823, 2003. https://doi.org/10.1590/S1413-81232003000300016

BARBOZA, L. P.; MOTA, A. Violência obstétrica: vivências de sofrimento entre gestantes do Brasil. Revista Psicologia, Diversidade e Saúde, Salvador. v. 5, n. 1, p. 119-129, 2016. https://doi.org/10.17267/2317-3394rpds.v5i1.847

CAMPOS, L. A. Racismo em três dimensões: Uma abordagem realista-crítica. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 32, n. 95, p. 329507, 2017. https://doi.org/10.17666/329507/2017

CARNEIRO, S. Mulheres em movimento. Estudos Avançados [online], v. 17, n. 49, p. 117-133, 2003. https://doi.org/10.1590/S0103-40142003000300008

CRENSHAW, K. Documento para o encontro de especialistas em aspectos da discriminação racial relativos ao gênero. Revista Estudos Feministas, v. 10, n. 1, p. 171–188, jan. 2002. https://doi.org/10.1590/S0104-026X2002000100011

CRENSHAW, K. A interseccionalidade na discriminação de raça e gênero. In: V.V. A.A. Cruzamento: raça e gênero. Brasília: Unifem; 2004.

DALENOGARE, G. et at. Pertencimentos sociais e vulnerabilidades em experiências de parto e gestação na prisão. Ciência & Saúde Coletiva, v. 27, n. 1, p. 263–272, jan. 2022. https://doi.org/10.1590/1413-81232022271.33922020

DINIZ, S. G. et al. Violência obstétrica como questão para a saúde pública no Brasil: origens, definições, tipologia, impactos sobre a saúde materna, e propostas para sua prevenção. Journal of Human Growth and Development, São Paulo, v. 25, n. 3, p. 377-384, 2015. http://dx.doi.org/10.7322/jhgd.106080

GALVÃO, M. C. B.; DAVIM, R. M. B. Ausência de assistência à gestante em situação de cárcere penitenciário. Cogitare Enfermagem, v. 18, n. 3, p. 452-459, 2013. http://dx.doi.org/10.5380/ce.v18i3.33554

GALVÃO, T. F., PANSANI, T. S. A. Revisões sistemáticas e Meta-análises: A recomendação PRISMA. Epidemiologia e Serviço de Saúde, v. 24, n. 2, 2015.

GUIMARÃES, L. B. E.; JONAS, E.; AMARAL, L. R. O. G. DO. Violência obstétrica em maternidades públicas do estado do Tocantins. Revista Estudos Feministas, v. 26, n. 1, p. e43278, 2018. https://doi.org/10.1590/1806-9584.2018v26n143278

JARDIM, D. M. B.; MODENA, C. M.. Obstetric violence in the daily routine of care and its characteristics. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v. 26, p. e3069, 2018. https://doi.org/10.1590/1518-8345.2450.3069

KALCKMANN, S.; SANTOS, C. G.; BATISTA, L. E.; CRUZ, V. M. Racismo institucional: um desafio para a equidade no SUS?. Saúde e Sociedade, v. 16, n. 2, p. 146–155, maio 2007. https://doi.org/10.1590/S0104-12902007000200014

KOZHIMANNIL, K. et al. Obstetric services and quality among critical access, rural, and urban hospitals in nine states. Rural Health Research Center, v.1, n.1, p. 1-9, 2023.

LANDINI, F. et al. Accesibilidad en el ámbito de la salud materna de mujeres rurales de tres localidades del norte argentino. Saúde e Sociedade, v. 24, p. 1151-63, 2015. https://doi.org/10.1590/S0104-12902015137239

LEAL, M. C. Childbirth and birth in Brazil: an evolving scenario. Cadernos de Saúde Pública, v. 34, n. 5, p. e00063818, 2018. https://doi.org/10.1590/0102-311X00063818

LIMA, K. D. Raça e Violência Obstétrica no Brasil. Monografia (Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva) - Fundação Oswaldo Cruz, Departamento de Saúde Coletiva, Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, Recife, 2016.

LIMA, K. D.; PIMENTEL, C.; LYRA, T. M. Disparidades raciais: uma análise da violência obstétrica em mulheres negras. Ciência & Saúde Coletiva, v. 26, p. 4909–4918, out. 2021. https://doi.org/10.1590/1413-812320212611.3.24242019

MENEZES, F. R. et al. O olhar de residentes em Enfermagem Obstétrica para o contexto da violência obstétrica nas instituições. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, v. 24, p. e180664, 2020. https://doi.org/10.1590/Interface.180664

MGAWADERE, F.; UNKELS, R.; KAZEMBE, A.; BROEK, N. V. D. Factors associated with maternal mortality in Malawi: application of the three delays model. BMC Pregnancy Childbirth, v. 17, n. 219, 2017.

NAKANO, A. R.; BONAN, C.; TEIXEIRA, L. A. A normalização da cesárea como modo de nascer: cultura material do parto em maternidades privadas no Sudeste do Brasil. Physis: Revista de Saúde Coletiva, v. 25, n. 3, p. 885–904, jul. 2015. https://doi.org/10.1590/S0103-73312015000300011

OLIVEIRA, B. M. C.; KUBIAK, F. Racismo institucional e a saúde da mulher negra: uma análise da produção científica brasileira. Saúde Debate, v. 43, n. 122, p. 939-948, 2019. https://doi.org/10.1590/0103-1104201912222

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Prevenção e eliminação de abusos, desrespeito e maus-tratos durante o parto em instituições de saúde. Genebra: OMS, 2014.

PACAGNELLA, R. C. et al. Delays in receiving obstetric care and poor maternal outcomes: results from a national multicentre cross-sectional study. BMC Pregnancy Childbirth, v. 14, n. 159, 2014.

PACHECO, V. C. et al. As influências da raça/cor nos desfechos obstétricos e neonatais desfavoráveis. Saúde em Debate, v. 42, n. 116, p. 125–137, jan. 2018. https://doi.org/10.1590/0103-1104201811610

PARRY, L. L.; NETUVELI, G.; PARRY, J.; SAXENA, S. A systematic review of parental perception of overweight status in children. J Ambul Care Manage, v. 31, n. 3, p. 253-268. 2008. doi: 10.1097/01.JAC.0000324671.29272.04

PEREIRA, C.; DOMINGUEZ, A.; TORO, J. Violencia obstétrica desde la perspectiva de la paciente. Revista de Obstetricia y Ginecología de Venezuela, Caracas, v. 75, n. 2, p. 081-090, jun. 2015.

SÃO PAULO. Violência Obstétrica: você sabe o que é? São Paulo: Defensoria Pública, 2014.

SANTOS, C. M. C.; PIMENTA, C. A. M.; NOBRE, M. R. C. The PICO strategy for the research question construction and evidence search. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v. 15, n. 3, p. 508–511, jun. 2007. https://doi.org/10.1590/S0104-11692007000300023

SMITH-OKA, V. Microaggressions and the reproduction of social inequalities in medical encounters in Mexico. Social Science & Medicine, v. 143, p. 9-16, 2015. https://doi.org/10.1016/j.socscimed.2015.08.039

TAVARES, N. O.; OLIVEIRA, L. V.; LAGES, S. R. C.. A percepção dos psicólogos sobre o racismo institucional na saúde pública. Saúde em Debate, v. 37, n. 99, p. 580–587, out. 2013.

TAYLOR, B. J.; DEMPSTER, M.; DONNELLY, M. Grading Gems: appraising the quality of research for social work and social care. Br J Soc Work, v. 37, n. 2, p. 335-354. 2007. https://doi.org/10.1093/bjsw/bch361 .

TESSER, C. D.; KNOBEL, R.; ANDREZZO, H. F. de A.; DINIZ, S. G. Violência obstétrica e prevenção quaternária: o que é e o que fazer. Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, Rio de Janeiro, v. 10, n. 35, p. 1–12, 2015. doi: 10.5712/rbmfc10(35)1013

THADDEUS, S.; MAINE, D. Too far to walk: maternal mortality in context. Social Science & Medicine, v, 38, n. 8, p. 1091-110, 1994. https://doi.org/10.1016/0277-9536(94)90226-7

VIEIRA, T.O.; MARTINS, C. C.; SANTANA, G. S.; VIEIRA, G.O.; SILVA. L. S. Intenção materna de amamentar: revisão sistemática. Ciência & Saúde Coletiva [online]. v. 21, n. 12, p. 3845-3858. 2016 https://doi.org/10.1590/1413-812320152112.17962015

WAISWA, P.; KALLANDER, K.; PETERSON, S.; TOMSON, G.; PARIYO, G. W. Using the three delays model to understand why newborn babies die in eastern Uganda. Trop Med Int Health, v. 15, n. 8, p. 964-72, 2010. doi: 10.1111/j.1365-3156.2010.02557.x

WERNECK, J. Racismo institucional e saúde da população negra. Saúde e Sociedade. São Paulo, v.25, n.3, p.535-549, 2016. doi: 10.1590/S0104-129020162610.

Downloads

Publicado

2024-04-03

Edição

Seção

Articles