Distúrbios musculoesqueléticos em docentes da educação básica brasileira: uma revisão sistemática

Autores

DOI:

https://doi.org/10.53660/CLM-307-316

Palavras-chave:

Educação, Professores, Sintomas osteomusculares, Dor Musculoesquelético

Resumo

O objetivo desta revisão sistemática foi analisar as evidencias da literatura sobre os Distúrbios Musculoesqueléticos (DME) em docentes brasileiros. Foi realizada uma busca nas bases da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Portal de Periódicos da Capes, Scielo e Web of Science no período entre janeiro de 2000 à dezembro de 2021. Dos 1.782 artigos encontrados, 15 artigos atenderam aos critérios de inclusão. A região Nordeste com 40,0% e a região Sul com 33,33% foram as mais pesquisadas. As regiões anatômicas com maior frequência de DME foram a dorsal (53,5%), pescoço (46,4%), lombar (44,8%) e ombros (40,3%). A frequência média de DME nos docentes da educação básica foi de 34,5% (IC95%: 30,1% – 38,9%). Em conclusão, os DME são um problema de saúde ocupacional pela alta frequência nos professores da educação básica brasileira.

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Publicado

2022-06-30

Como Citar

Endrigo Ruppel da Rocha, R., Munaro, V. ., Bianchi, R. A., Possamai, A., Medeiros, T. S. de, & Bridi, D. (2022). Distúrbios musculoesqueléticos em docentes da educação básica brasileira: uma revisão sistemática . Concilium, 22(4), 743–756. https://doi.org/10.53660/CLM-307-316

Edição

Seção

Articles