Modernismo, crítica social e discurso em Capitães de Areia
DOI:
https://doi.org/10.53660/CLM-302-313Palavras-chave:
Denúncia social, Análise, InfânciaResumo
Um dos melhores romances que o Jorge Amado já escreveu, pertencente ao Modernismo Brasileiro, “Capitães da Areia” tem como fundamento o quadro regional, mostrando, na paisagem da Bahia, o drama da infância abandonada, bem como os conflitos e injustiças sociais ligados aos desequilíbrios econômicos. Os menores discriminados, em meio às pessoas tidas como corretas e de bem, rebelam-se contra essas “pessoas respeitáveis”, por decepção. O autor relatou no decorrer da sua obra de forma bem clara várias situações de injustiça social que esses menores passaram. Objetivou-se realizar uma análise do romance de Jorge Amado, enfocando o universo dos adolescentes que vivem abandonados nas ruas de Salvador. Este trabalho trata-se de uma análise da obra Capitães da Areia, tendo como destaque o tratamento dado à temática dos jovens abandonados pelos pais e pela sociedade e que veem na marginalidade o único caminho para a sobrevivência. A pesquisa possibilitou reflexões que direcionaram para a seguinte consideração: os abusos e a discriminação da população baiana, bem como o espaço, onde se desenrolam as ações constituintes da negação da infância.
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